Comprovado: É possível adaptar um carrinho de brinquedo e melhorar o resultado

A coisa toda começou com um carrinho de brinquedo mais parrudo que virou algo mais para um automodelo. A coisa toda teve início quando as pilhas recarregáveis desse carrinho começaram a segurar muito pouco a carga. Nessa hora olhando para o meu controle remoto Turnigy 9x pensei que poderia desmontar o brinquedo e fazer umas adaptações que gerassem melhorias no conjunto.

A primeira coisa que precisava resolver era a questão da direção. O correto seria instalar um servo para fazer as curvas com precisão. Para tanto usei um servo com engrenagens de metal para dar mais resistência ao conjunto.
O passo seguinte foi tirar toda a eletrônica original e colocar o receptor do Turnigy. Não só ele, mas definir qual seria a bateria que iria utilizar. Vi que no compartimento original das pilhas era possível instalar uma bateria LIPO e assim eu fiz.
Precisava também de um ESC para controlar o motor. Motor esse que mantive o original por hora.

Quanto ao ESC para motor escovado, eu decidi construir um. O projeto está no meu canal no YouTube, mas aqui no site você também encontra alguns artigos que escrevi sobre ele. A construção de baseia no uso de um servo e mais uns poucos componentes eletrônicos. Mesmo quem não tem familiaridade com eletrônica será capaz de montar um.

Um outro ponto importante é a questão da marcha a ré. Isso é um ponto importante sob o ponto de vista que o ESC que montei não tem inversão no sentido de rotação. Então era preciso montar um circuito para fazer isso. O mais comum é o que chamamos de ponte H. Porém optei por fazer algo diferente e através do acionamento de uma chave no transmissor eu ligo e desligo um relê de 2 contatos. O que esse relê faz é inverter a polaridade do motor e com isso posso andar para frente e trás.
O resultado me agradou demais. Ele funciona que é uma beleza.

Imagine que o Turnigy 9x agora controla um carrinho de brinquedo

No mercado encontramos vários modelos de carrinhos de controle remoto. Alguns deles são bem bonitos, altos, com suspensão, etc e mereceriam um rádio controle melhor assim como outras melhorias na eletrônica. Diante dessa questão procurei pegar um carrinho de controle remoto que possuía e adaptar nele um bom rádio que seria capaz de fornecer mais precisão e controle. Além do mais, seria possível também melhorar o sistema de direção com a adição de um bom servo mecanismo.

Isso sem contar no fato que outros pontos poderia ser adicionados como um sistema de iluminação na parte frontal assim como a traseira.
Assista o vídeo abaixo e veja mais detalhes do processo inicial de adaptação onde mostro a inversão de sentido – para frente e à ré.

Está comprovado: Com tempo de sobra carrinho mexe até o volante.

Imagina o FPV (controle em primeira pessoa) em um automodelo sendo realizado de tal forma que o volante se mexa conforme as curvas que são feitas no rádio controle. Pois é, essa foi minha ideia quando montei isso. Fiz toda uma adaptação em um carrinho de controle remoto de brinquedo. Fiz o possível para que esse carrinho deixasse de ser brinquedo e ficasse com mais cara de automodelo. No meu canal no YouTube você encontra uma série de vídeos onde mostro as várias adaptações que realizei nele. Porém um desses adereços adicionado foi o volante que se movimenta. No final a solução ficou bem simples.

A eletrônica usada foi um servo mecanismo do tipo 9 gramas. Ele fica ligado com o servo da direção do carrinho através de um cabo Y. Porém não é só isso. A grande questão vem agora. Como esse servo fica virado para o motorista ele precisa girar ao contrário do servo que controla a direção do carrinho. Isso meu deu um trabalho, pois foi necessário desmontar o servo que instalei no volante e mexer nos fios com muito cuidado para não estragar nada.
Você pode pensar que é só inverter os dois fios do pequeno motor do servo. Pois afinal, se inverter isso ele vai rodar para o lado contrário, né? Mas não é só isso.

Dentro dos servos temos um pequeno potenciômetro. Esse potenciômetro fornece o feedback indicando o quanto o cursor já se moveu. Então era necessário também inverter os fios do potenciômetro. Mas quais fios? Bom, nesse caso era preciso pegar os dois fios das extremidades dele e inverter um com o outro. Após isso tudo era só montar tudo novamente e pronto.

E foi isso que aconteceu. O servo funcionou perfeitamente como precisava. É uma dica simples mas muito eficaz.

Ah, uma outra possibilidade seria usar um sistema de polias ou engrenagens. Mas confesso que achei mais fácil mexer na eletrônica.
Dá uma olhada nesse vídeo. Aqui é possível ver em funcionamento todo o conjunto.

Ligando motor escovado corrente contínua com reostato – Placa barata de fácil de achar

Por vezes é necessário realizar o controle de velocidade de motores sem que seja preciso usar o rádio controle. Sim, pois esse ajuste manual pode ser prático para algumas aplicações. Controlar a velocidade de um motor nos leva a um nome genérico chamado reostato. Na web é possível encontrar uma série de circuitos que mostram essa aplicação. É bem verdade que com uns 3 ou 4 componentes dá para se realizar isso. Porém se você não quiser ter trabalho para construir um circuito saiba que é possível comprar na web uma pequena plaquinha já pronta e bem barata.

Com o uso dessa placa você pode facilmente controlar de forma suave a velocidade de motores escovados de corrente contínua. Sim, eu disse escovados. Pois para haver o controle de velocidade de um motor sem escovas o circuito é bem diferente. Essa pequena placa é capaz de controlar até 90 Watts de potência. O circuito controla a velocidade através de PWM, ou seja, por largura de pulsos. A tensão indicada de funcionamento é de 3 Volts até 35 Volts. A máxima corrente é 5A.

Observe que a placa é bem pequena e a mesma possui indicação no lado inferior sobre qual o terminal da entrada do motor assim como a tensão. Não é preciso soldar nada. Tudo é ligado através do uso de uma pequena chave Philips.

 

 

O que você acha de colocar som de motor a diesel no seu modelo?

De que adianta ter um barco com estilo de rebocador, porém o mesmo funcionar com motor elétrico. Ou seja, não ter aquele som de motor a diesel. Para resolver esse problema existe uma solução simples, que é instalar um simulador de motor gerando o áudio. Para fazer isso você encontra na internet uma série de soluções disponíveis.

A que mais me agradou foi utilizar uma placa Arduino para processar a informação. Pois o som deve ser capaz de variar de acordo com a aceleração do motor. Eu testei com a placa Uno e Nano. Acabei optando pela Nano devido ao tamanho e peso. Todo o conjunto ficou bem pequeno.

Para gerar o som em alto volume, construí um circuito de amplificador de áudio. A base desse circuito no meu caso foi o circuito integrado LM386. Mas você pode usar qualquer outro amplificador, até um que esteja parada na sua casa.

A potência de saída no meu caso é em torno de 3 Watts. Coloquei também um controle de volume, pois dessa forma consigo ajustar de forma precisa.
No caso do alto-falante fiz uso de um do tipo triaxial. Esse alto-falante tem a particularidade de trabalhar com diferentes frequências.

Dessa forma, preenche muito melhor o espectro sonoro. Como uma boa parte dos sons gerados são graves é importante um alto-falante com um diâmetro grande. Pequenos falantes não vão gerar um som legal.

Uma outra coisa muito importante é colocar o alto-falante em uma pequena caixa de som para não haver cancelamento de fase.

O testador de servos. Ferramenta útil e fácil de usar.

O testador de servos é um equipamento muito útil na bancada de um aficionado ao modelismo. O servo é um dispositivo usado para dar a direção de um carrinho, ou barco ou avião. Além do mais ele pode ser usado para controlar outros dispositivos, como canhão de água e guindastes, só para citar 2 exemplos.

Então, já que tudo envolve o uso de servos, ter um testador de servos é essencial para que você possa verificar o funcionamento deles. Por vezes eles queimam e aí temos que trocar. Com o uso do testador é possível realizar uma série de diferentes testes.

Ah, quando ele queimar, não jogue fora não. Você ainda pode usar ele para inventar algumas coisas. É possível usar o motor isolado em outra aplicação qualquer. É possível também usar as engrenagens. Até mesmo todo o conjunto é possível de ser aplicado onde necessita-se de um motor forte (com engrenagens) e que gire sozinho em 360 graus.

Câmera HD Wing – Muito leve, perfeita para modelismo

Imagine uma câmera bem leve. Então, essa daqui. A câmera HD Wing é perfeita para você colocar no seu modelo. Além de tudo ela tem uma imagem muito boa. É possível gravar as imagens em cartão de memória e para assistir você pode ligar ela até na TV.

Eu já voei várias vezes com essa câmera e o resultado é sempre muito bom. Os botões de comando são simples de usar. No geral você vai sempre usar um botão para ligar e o botão do meio para iniciar e parar as gravações. Mas existem outras várias funções nesses três botões.

Como funciona o processo de bind de um rádio

Sempre que compramos um novo rádio há necessidade de realizar o processo de bind. Os rádios atuais funcionam de uma forma bem diferente se compararmos há 30 anos atrás. Antigamente os rádios precisavam estar em uma frequência específica onde só 1 pessoa poderia operar nela. Hoje, todos ainda trabalham em uma frequência específica, mas existe um código que identifica o transmissor com o receptor.

Assim não existe mais a chance de um rádio interferir no funcionamento do outro. Isso ajuda muito na segurança principalmente em se tratando de aeromodelo. Fazer esse sincronismo se chama bind e no vídeo abaixo preparei uma geral sobre esse tema. É bem simples. Veja só.

A lata de sardinha também pode virar um amplificador

Um Simples Potente Amplificador

Um dia desses estava em casa com uma lata de sardinha de bobeira e resolvi usá-la para colocar um circuitinho meu que estava precisando de uma ‘casa’. Tinha montado tempos atrás um amplificador Classe A usando um MOSFET (Transistor de Efeito de Campo). O MOSFET que usei foi o IRF 630. Ele esquenta bastante, por isso nem pense em ligar ele sem um bom dissipador de calor.

A fonte usada foi 12 Volts, com capacidade de corrente de 4 Ampéres para trabalhar com folga. O MOSFET ainda tem a particularidade de o ponto de corte de ser diferente do transistor bipolar. Com isso o resultado da amplificação com transistor de efeito de campo gera menos distorção por crossover.

Veja abaixo o aspecto do amplificador na lata de sardinha.

Vista frontal do amplificador feito em lata de sardinha. No detalhe pode ser visto o P10 da entrada, o LED e o cabo com um P10 fêmea na ponta para saída a ser ligada na caixa de som.
Vista frontal do amplificador feito em lata de sardinha. No detalhe pode ser visto o P10 da entrada, o LED e o cabo com um P10 fêmea na ponta para saída a ser ligada na caixa de som.

Vista traseira do amplificador com a entrada da alimentação.
Vista traseira do amplificador com a entrada da alimentação.

Repare que poucos componentes são necessários para montar o amplificador. Precisamos além do MOSFET de 3 resistores e 2 capacitores (1 eletrolítico e 1 cerâmico).

Fundo da lata de sardinha com o restante do circuito do amplificador.
Fundo da lata de sardinha com o restante do circuito do amplificador.

Abaixo está o diagrama do circuito que montei.

Circuito amplificador classe A com FET.
Circuito amplificador classe A com FET.

Pinagem do FET IRF 630.
Pinagem do FET IRF 630.

O que é um relê e como funciona

O que é um relê
O relê pode ser descrito como um interruptor eletro-mecânico. Ele é usado quando ser precisa acionar alguma carga de maior potência através de um circuito que não tem capacidade para suportar altas correntes/tensões.

Relês
Relês

Basicamente ele é constituído de um núcleo de ferro onde em torno desse são enroladas várias voltas de fio bem fino. Quando a corrente elétrica circula por essa bobina um campo magnético é criado e um imã temporário é criado (também chamado de eletroímã). Esse campo magnético faz com que uma chave seja fechada através da atração de uma terminação do relê chamada ‘contato’.

Dessa forma um relê tem sempre no mínimo as seguintes partes:
– 2 terminais usados para ligar a bobina do relê
– pelo menos 3 terminais para ligar as cargas, são eles. Contato, terminal normalmente fechado(NF) e terminal normalmente aberto(NA). Como o próprio nome diz o terminal ‘normalmente fechado’ está ligado ao terminal ‘contato’ no estado natural do relê. Quando a corrente circula pela bobina do relê esse terminal se desliga do ‘contato’ e passa a se ligar eletricamente ao terminal ‘normalmente aberto’.

Relê visto por trás com seus terminais visíveis
Relê visto por trás com seus terminais visíveis

O relê é especificado pela tensão da bobina e pela capacidade de corrente e tensão que são suportados pelos contatos. Dessa forma uma especificação de relê poderia ser: 12 Volts / 110V-4A 220V-2A

Veja na foto abaixo a especificação do relê.

Especificações do relê
Especificações do relê

Em eletrônica os componentes tem uma representação no papel através de diagramas. A representação do relê é a abaixo. Veja que a bobina lembra as voltas do fio em torno do núcleo de metálico. Os terminais de contato lembram uma espécie de chave (interruptor).

Simbologia do relê
Simbologia do relê

Acionando o Relê
Para ligarmos o relê e fazermos seu teste, basta ligar uma alimentação que corresponda à sua bobina nos terminais da bobina.

Circuito do Relê
Circuito do Relê

No circuito abaixo ao ligar o relê, fazemos o acionamento de uma carga (lâmpada) em 110 Volts nos
terminais de contato do relê. Veja que a parte alimentada pelas pilhas está eletricamente isolada da parte alimentada pelos 110 Volts. Dessa forma o relê isola eletricamente os circuitos.

Circuito com relê
Circuito com relê