O controle do risco sob uma comparação lúdica

A aversão ao risco, frequentemente associada com o histórico de experiências passadas, pode nos prender para não alçarmos voos maiores. Conforme vamos nos deparando com erros e problemas da vida, nosso cérebro vai assimilando e guardando esse histórico. Olhando pelo lado positivo, um erro cometido no passado ficou como aprendizado e fará com que não venhamos a cometer o mesmo erro no futuro.
O lado ruim é que isso pode gerar um certo bloqueio e receios quando nos depararmos com a mesma situação no futuro. Na verdade não precisa nem ser a mesma situação. Veja um exemplo de algo que aconteceu comigo.

Aeromodelismo era algo que sonhava em praticar desde pequeno, mas não tinha condições financeiras na época. Há bastante tempo, tudo relacionado com essa atividade está um pouco mais barato e fácil de adquirir. Sendo assim, fui aprender aeromodelismo já adulto. Mas se eu fosse criança, ao decolar não iria ficar pensando:

  • Se cair, quebra.
  • O vento deve atrapalhar muito esse negócio voando.
  • Se quebrar vou gastar mais dinheiro. E por aí vai.

Mas é preciso administrar o risco, e a amostragem é de suma importância para isso. Por exemplo, nessa comparação lúdica, compreender se outras pessoas adultas e até mais idosas que eu, também aprenderam a voar depois de grande. Pelo ponto de vista da Administração, sob analogia poderíamos assumir a realização desse procedimento como uma pesquisa de mercado. Ao final, esse resultado pode ser analisado por meio da estatística que pode nos mostrar as médias, covariâncias, curva normal e outros diversos dados da pesquisa sob a análise quantitativa.

Voltando ao aeromodelo, a criança não tem o histórico de vida que sustenta a noção de risco da mesma forma que os adultos. Por isso ela se entrega de corpo e alma àquela atividade. Os adultos ficam mais receosos, isso sem contar que a habilidade da criança é muito mais aguçada, mas esse ponto é assunto para outro artigo.

Mas quer saber o fim da história? Bom, já voo há alguns anos. Tive quedas (veja o vídeo abaixo do meu segundo voo solo), mas também pousos perfeitos. Pousos que só foram conseguidos com o tempo. Prática e experiência. Sempre rompendo os estigmas que rondam nossa mente e expondo-se ao risco de forma controlada. Afinal, para frente e para cima é que se voa.

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