O capacitor no Tweeter – Explicação do Funcionamento

O capacitor no Tweeter (ou seja, altas frequências)

Muito comum de ser encontrado em série com o Tweeter encontramos um capacitor. O Tweeter é um transdutor eletroacústico, ou seja, ele converte a energia elétrica em acústica. Ele possui a capacidade de reproduzir bem somente as altas frequências, ou seja, os sons agudos. Quanto maior a frequência menor é o tamanho físico da onda sonora, por isso o tweeter pode ter dimensões pequenas.

Tweeter
Tweeter

O capacitor tem um comportamento em corrente alternada que é descrito através da Reatância Capacitiva. Traduzindo em miúdos, é uma medida que relaciona o quanto o capacitor pode ser opor ou não à passagem da corrente alternada. O capacitor em um circuito de corrente alternada permite a passagem da corrente desse tipo. Porém ele só permite que se passem as altas frequências. O quanto ele vai permitir passar, se mais ou menos, está diretamente ligado ao valor do capacitor. Essa relação de frequência e valor do capacitor é que é chamada de reatância capacitiva.

Obs: O valor do capacitor é expresso em Farads. Como trata-se de uma unidade muito grande fazemos o uso de seus submúltiplos – O microfarad, o nanofarad e o picofarad.

Capacitor de poliéster de 2,2uF x 250 Volts
Capacitor de poliéster de 2,2uF x 250 Volts

Então resumindo, o papel do capacitor no tweeter é permitir a passagem somente dos sons agudos. Os sons graves no tweeter além de não conseguirem ser reproduzidos por este ainda causam aquecimento em sua bobina levando-o à queima prematura.

Veja abaixo como deve ser ligado o capacitor ao tweeter.

Ligação do capacitor despolarizado ao tweeter
Ligação do capacitor despolarizado ao tweeter

Veja a representação do diagrama dessa ligação. Não importa se o capacitor será ligado no positivo ou negativo do alto-falante. Mas por convenção é comum ver o mesmo ligado no positivo.

Tweeter já com o capacitor ligado em série
Tweeter já com o capacitor ligado em série

Dica: Como experiência tente trocar o valor do capacitor e verá, ou melhor, sentirá que o som irá sofrer modificações.

O capacitor que deve ser usado nessa ligação é do tipo despolarizado, ou seja, um capacitor sem
polaridade. Podemos usar então capacitores de poliéster, pois eles não tem polaridade. Caso seja feito o uso de capacitores eletrolíticos, há necessidade de comprar os mesmos já despolarizados (um pouco mais difícil de encontrar, mas acha). É claro que pode-se “despolarizar capacitores eletrolíticos” através da ligação abaixo. Com essa ligação o resultado deve ser visto como somente 1 capacitor despolarizado.

Despolarizando um capacitor eletrolítico
Despolarizando um capacitor eletrolítico

A tensão de trabalho dos capacitores usados deve ser alta para suportar até mais que os picos de tensão encontrados na saída do amplificador. Nesse caso, pode-se exagerar sem medos na tensão de trabalho. Ou seja, pode colocar um capacitor com tensão de trabalho de 100 Volts ou até mais em um amplificador automotivo (12 Volts).

 

Quando o capacitor está ligado o som é mais agudo, pois nesse caso somente os agudos estão passando. Quando não há capacitor todas as frequências são entregues ao alto-falante e este reproduz as que estão dentro da sua faixa. O uso do capacitor nesse circuito é também chamado de “filtro passa-altas”, por nesse caso só permitir passar as altas frequências.

Obs: antigamente o capacitor era chamado de condensador. Há muitos anos isso é errado. Porque na verdade ele não condensa nada. O capacitor é um repositório de cargas.

O vídeo abaixo vai deixar tudo mais claro, assista e deixe seu comentário.