Como ligar receptor, ESC, servo e motor em um aeromodelo – disposição dos fios

Em um modelo elétrico, seja, carro, barco ou avião, existe um padrão bem comum na ligação da parte elétrica. Esses modelos possuem um componente chamado ESC. Ele faz o controle de velocidade do motor. É comum também que o ESC já possua internamente o chamado BEC. O BEC é a parte do dispositivo que fornece os 5 Volts necessários para alimentar o circuito do receptor do controle remoto.

É comum utilizarmos as chamadas baterias LIPO nesses modelos, mas pode-se encontrar outras baterias sendo utilizadas. No caso, diferentes baterias não vão gerar uma ligação elétrica diferente da que vou mostrar.

Também precisamos ter o motor elétrico. Esse motor pode ser do tipo com ou sem escovas – ou seja, brushless ou não. Caso o motor seja com escovas ele terá somente dois fios. Já um motor brushless (sem escovas) será composto por 3 fios.

Para finalizar precisamos do receptor do rádio controle onde o chamado bind (sincronismo) com o transmissor já foi estabelecido.
Agora já podemos ligar tudo. A ligação é simples e ajuda muito os novatos nessa área. Veja na imagem abaixo a disposição de cada um dos componentes mencionados nesse texto.

Converta uma lancha de plástico em rádio controlada 2.4GHz

Ainda me lembro como se fosse hoje, uma cena que na verdade vivi há mais de 30 anos atrás. Eu fui até o parque do Flamengo, localizado no Aterro do Flamengo. Trata-se de uma área de lazer muito frequentada pelos cariocas. Aos domingos parte da pista dos carros é fechada e com isso aumenta mais ainda a área por onde as crianças podem brincar.

Nesse dia fui para passear juntamente com minha irmã e uma amiga. Lá, chegamos próximo de um lago. Esse lago existe ainda hoje e de vez em quando alguns colegas nautimodelistas praticam por lá. Mas voltando a minha estória, nesse lago tinham dois senhores com dois barcos de controle remoto. Um deles não lembro muito bem que tipo de modelo era. Porém o outro eu tenho ainda vivo na memória. Era um barco fabricado por uma empresa daquela época como um brinquedo. A empresa chamava-se Guliver. Os seus modelos eram construídos de plástico. Constituíam-se de brinquedos que funcionavam com pilhas a uma velocidade bem legal. Tinha um leme que você posicionava com a mão antes de colocar na água. Era possível, por exemplo, virar o leme e deixar o barco andando em círculos.

Voltando àquele dia, o que o senhor tinha feito era adaptado a lancha da Guliver para funcionar com o uso de um controle remoto. Eu fiquei fascinado com a ideia e muitos anos depois pude comprar uma lancha da Guliver usada e adaptar para RC. Na verdade comprei até duas lanchas. Resultado, ficou fantástica.

Várias lanchas RC navegando no encontro nautimodelismo da Cidade das Artes

Nautimodelismo é algo realmente fascinante. Um trabalho de dedicação que envolve o conhecimento de técnicas de construção náutica assim como conhecimentos de eletricidade e eletrônica.

Os moradores da cidade do Rio de Janeiro, puderam nesse dia apreciar de perto um pouco do que acontece nos encontros de nautimodelistas. Aqui na cidade, assim com no Brasil afora, temos muitos praticantes desse hobby envolvente. E para participar não paga nada. Na cidade temos uma grande quantidades de locais navegáveis. A maioria desses espaços são de água doce, assim como os espelhos d´água da Cidade das Artes.

A maior parte do pessoal prefere praticar em água doce, pois a água salgada é mais abrasiva e assim diminui a vida útil de alguns componentes. Isso sem contar que após um “banho” de água salgada os barquinhos precisam de uma atenção especial na limpeza.
Mas nem para todos isso é um impedimento, tanto que já navegamos em águas salgadas, como a lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro.

Um dos pontos positivos do nautimodelismo, é que o seu custo é baixo e qualquer um pode pilotar sem nenhum tipo de treino, ao contrário do que acontece no aeromodelismo, por exemplo.

Os modelos que pilotamos são de vários tipos. Alguns constroem tudo, passo a passo. Desde o madeiramento até a eletrônica. Enquanto isso alguns preferem comprar os barcos já prontos. Enfim, qualquer que seja sua escolha, uma coisa é certa – serão momentos de muita diversão e relaxamento.

Lancha RC navegando na piscina da Escola Naval RJ – Encontro Nautimodelismo 2016
A Escola Naval fica localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. É um local muito bonito, com a baía de Guanabara a cercando. Bem ao lado está localizado o aeroporto Santos Dumont, o pai da aviação. Na Escola Naval acontece anualmente um evento que reúne os nautimodelistas do Rio de Janeiro. Lá temos acesso a duas piscinas enormes. Nessas piscinas acontecem torneios entre os praticantes, como a corrida de velocidade entre as lanchas.

Você também pode construir uma simples fonte de alimentação

Vou mostrar aqui como montei uma fonte de alimentação que pode ser usada para alimentar aparelhos ou até mesmo como uma fonte para carregar baterias. Como a intenção principal era carregar baterias, a tensão de saída é fixa em 12 Volts. A corrente proporcionada pelo fonte é de somente 500 mA. Essa corrente está ligada à capacidade do transformador que nesse caso é de 12 Volts/500 mA. O meu uso principal é carregar baterias seladas como as usadas em no-breaks.

A baixa corrente do transformador faz com que a carga da bateria seja bem lenta. A minha intenção foi essa mesmo. Com a carga lenta a vida útil da bateria se estende. Veja abaixo os componentes que usei para a montagem da fonte de alimentação.

Componentes da nossa fonte de alimentação.
Componentes da nossa fonte de alimentação.

Lista de componentes:

1 transformador de 12 Volts / 500 mA

1 chave H-H

1 fusível

1 porta fusível

2 diodos 1N4007

1 capacitor eletrolítico de 1000 uF x 25 Volts

2 garras de jacaré paga ligar aos bornes da bateria a ser carregada

Veja abaixo que montei todo o conjunto dentro de uma caixa do tipo patola. Mas você pode montar o seu circuito onde preferir.

Caixinha do tipo patola para armazenar o circuito.
Caixinha do tipo patola para armazenar o circuito.

No detalhe abaixo podemos ver os 2 furos que foram feitos na caixinha para acomodar perfeitamente a chave H-H e também o porta fusível. A chave H-H que usei é do tipo que contém um LED interno, e quando ligada o mesmo acende facilitando a identificação.

Caixa patola já com os furos.
Caixa patola já com os furos.

Na imagem abaixo é possível observar tanto a chave H-H quanto o porta fusível instalados no seu lugar.

Interruptor e fusível instalados na patola.
Interruptor e fusível instalados na patola.

Após essa parte, vem a montagem do circuito. O circuito é muito simples. Nas imagens abaixo você encontra o circuito circuito soldado. Devido à grande simplicidade do circuito a montagem utilizada foi do tipo “aranha”. Assim os terminais de um componente são soldados aos terminais do outro componente.

Circuito do carregador de baterias.
Circuito do carregador de baterias.

Depois é só colocar todo o circuito instalado dentro da caixinha e ligar na tomada. Veja que não instalei chave para trocar a tensão de entrada. A tensão de entrada está dependente do transformador que possui seu primário para 110 Volts. Não procurei fazer a fonte estabilizada já que não tinha essa necessidade para minha aplicação.

Circuito na Patola com os terminais para ligar na tomada já soldados.
Circuito na Patola com os terminais para ligar na tomada já soldados.

Lancha de brinquedo transformada em nautimodelo com controle remoto – RC – 2.4GHz

É verdade. Eu já fiz isso algumas vezes. Peguei uma lancha de brinquedo e transformei em um barco rádio controlado. Você também pode fazer. Alguns barcos que naturalmente já flutuem servirão tranquilamente para isso. Ah, é claro que é importante também verificar se existe espaço interno para acomodar os circuitos eletrônicos e bateria. Pois caso contrário não será possível para a adaptação.

Dois desses barcos são modelos da Guliver. Empresa de brinquedos famosa na década de 80 que fez vários modelos de barcos. Esses barcos eram movidos à motor com pilhas, mas não eram de controle remoto. Você colocava as pilhas, ligava e água nele. O que existia era um controle de direcionamento no leme. Era possível posicionar o leme de forma que o
barco navegasse em círculos, por exemplo.

Uma das grandes vantagens desse tipo de modelo é que ele já tinha um motor e hélice deixando-o mais fácil para toda a adaptação. O espaço interno dele também é grande e dessa isso ajuda na hora de instalar o receptor e eletrônicos para tudo funcionar a contento.
A lancha da Guliver é uma opção, mas a verdade é que você vai encontrar uma série de diferentes possibilidades nesse sentido.

Baixe agora seu ebook grátis – Eletrônica no modelismo

A eletricidade e eletrônica estão presentes nos vários circuitos que usamos no modelismo. Seja aeromodelismo, nautimodelismo e automodelismo sempre estão presentes componentes eletrônicos que tornam possível o hobby existir. E olha que esse paralelo entre eletrônica e modelismo é muito antigo. Certa vez conversei com um senhor sócio de um clube de aero onde eu voava. Ele me contou sobre o primeiro contato dele aqui no Brasil com uma pessoa que voava um aeromodelo de controle remoto.

Veja que estou falando de muitas décadas atrás. Veja que legal como era o voo. O transmissor era enorme e valvulado para conseguir elevada potência e conseguir controlar o avião a uma distância razoável. A antena também muito grande. O aero só possuía 1 único controle. Sim, só A coisa funcionava assim. O motor era a combustão. Ao que conversamos me parece que havia uma pequena elevação no profundor para fazer com que ele decolasse sozinho. Essa elevação era fixa. É como se ligasse o motor e ele decolasse e ficasse ganhando altura aos poucos. O único controle através de rádio era o leme. Ou seja, daqui da terra, o operador só podia controlar essa superfície de controle. Ah, e para o leme se movimentar era bem curioso. Tinha um elástico que era trançado e ficava dentro do avião. Então quando o operador mandava um sinal via rádio uma catraca liberava o elástico para fazer 1 volta.

Essa volta movia o leme para um lado. Mais um toque no rádio e o leme voltava para a posição de decolagem. Mais um toque e ele virava para o outro lado. Incrível né? Isso ao que me relatou foi algo lá pela década de 50. De lá para hoje muita, mas muita coisa mudou. Hoje não se usam mais válvulas nos equipamentos de modelismo. Aliado a esse fato, tudo tem dimensões muito pequenas. As baterias ficaram muito melhores. Temos motores bem potentes e sem escovas. Transistores capazes de controlarem correntes intensas, entre muitas outras.

Para ajudar nesse cenário cada vez mais eletrônico que vivemos no modelismo, eu criei um ebook onde faço um paralelo entre eletrônica e modelismo. Aqui mesmo no meu site você pode baixar o ebook. Tem um link aqui no lado direito, perto da palavra ‘grátis’.

Você nunca imaginou que era tão simples ligar o receptor, ESC, servo e motor RC

Esse post é para ilustrar a ligação entre o receptor, ESC, servo e motor no modelo rádio controlado (RC). Nesse caso usei um receptor Corona de 4 canais. Liguei no canal 3 o servo e no canal 4 o ESC. O ESC pode ser descrito como um  controlador de velocidade do motor. A bateria usada nesse vídeo é uma 3S, ou seja, 3 células em Série. O motor mostrado é um Emax 2822. O meu rádio transmissor é um Turning 9X com transmissor Corona.

Veja o conjunto funcionando no vídeo abaixo.

Imagine um barco no lago Javary… De rádio controle, claro!

Já comentei em um outro artigo sobre o lago do Javary em Miguel Pereira. É um espaço de lazer sensacional. Lá você pode fazer passeios de padalinho e curtir toda a natureza. Mas se quiser, pode também colocar seu barco radio controlado no laguinho. Ou melhor “lagão”. Afinal, é muito grande e por isso é bom você ficar atento até onde seu rádio controle alcança e até onde sua visão consegue manter o barco ainda sob controle.

Existem alguns acessos à beira da água sem que se tenha que fazer peripécias de acessar por dentro do mato ou coisa do tipo. Vale levar uns lanches e comer por lá. É um ótimo espaço para um piquenique.

Nesse vídeo abaixo você pode ter uma pequena noção da beleza e tamanho do lago do Javary. Ah, se você mora no Rio de Janeiro, fique sabendo para chegar lá é rapidinho. Dá para fazer um bate-volta sem problemas.

Realmente está comprovado. As baterias LIPO foram uma grande revolução.

As baterias LIPO são as mais modernas. Elas equipam os dispositivos elétricos e eletrônicos mais recentes voltados para hobby. Por exemplo: aeromodelismo, automodelismo e é claro o nautimodelismo. É possível encontrar essas baterias também com diferentes capacidades de fornecimento de corrente e tensões. Vamos entender melhor.

Elas são formadas por células. Dessa forma se existe somente 1 célula é chamada de 1S. Se tem 2 células – 2S e assim por diante. O S significa série, ou seja, ligadas em série. Dessa mesma forma, é possível encontrar a letra P, que significa paralelo.
Quanto a tensão fica assim: A bateria 2S possui uma tensão de 7,4V e a 3S em 11,1V. Ou seja, cada célula possui 3,7 Volts.

Na prática as baterias LIPO depois de carregadas, possuem uma tensão maior que a sua nominal. Uma bateria LIPO de 3S carregada, possui pouco mais de 12 Volts.
Quanto a capacidade de corrente na bateria LIPO é especificada pela letra C. Então é comum encontrarmos baterias de 10C, 15C, 20C e por aí vai. Mas em letras bem grandes é possível observar algo assim, por exemplo: 2200 mAh. Você deve estar se perguntando aonde entra a tal letra C, certo? É o seguinte, 1 C nesse exemplo é 2200 mAh. Então, em algum lugar da bateria está escrito quantos C´s de capacidade de corrente ela suporta. Digamos que sejam 20C. Nesse caso temos 2200 mAh x 20C = 44Ah. Ou seja, uma capacidade de fornecimento de corrente realmente muito grande, um excelente quesito dessas baterias.

Eu normalmente utilizo baterias desse tipo nas embarcações que construo. Com elas se é possível navegar por muito e muito tempo, desde que corretamente adequadas a motorização usada.

Você não vai acreditar no que essa caixa de campo tem

Aqui apresento o vídeo que fiz da minha caixa de campo. Ela foi desenhada para ser usada por aeromodelistas, mas na verdade dá para usar em com modelismo em geral. A caixa realmente ficou o máximo, cheio de recursos tecnológicos. Deem uma checada no vídeo. Aqui no blog tem um post onde detalho também o que tem de high-tech na caixa.